segunda-feira, 8 de junho de 2009

World Community Grid

O software World Community Grid utiliza o tempo ocioso de computadores pessoais para realizar projeções e cálculos, divindo assim o trabalho em milhares de computadores espalhados pelo mundo.
Se um computador está utilizando, por exemplo, apenas 60% da sua capacidade de processamento o World Community Grid utiliza os 40% restantes e vai ajustando este percentual conforme a variação da capacidade ociosa do computador. Também existe a possibilidade de configurar o software para funcionar como um screen saver, utilizando apenas os recursos do computador quando ele está ligado mas não está sendo utilizado.

Enquanto outros projetos mundiais de processamento distribuído como o SETI@home ou Genome@home, abordam apenas um projeto, o World Community Grid oferece múltiplos projetos humanitários para a participação utilizando um mesmo software. Os projetos são escolhidos criteriosamente por membros de grandes instituições de pesquisa e universidades do mundo inteiro.

Os usuários podem ainda se unir a times que são criados por organizações, empresas ou por usuários individuais. Os times proporcionam um clima de competição, em que todos saem ganhando.
História
Anunciado em 16 de Novembro de 2004 pela IBM, o World Community Grid inicialmente funcionava apenas em Windows, usando a tecnologia proprietária da empresa United Devices Inc. A grande demanda por suporte ao Linux levou o projeto a juntar-se à tecnologia BOINC que é utilizada também por projetos como o Seti@home e o Climateprediction (e muitos outros). O suporte ao sistema operacional Mac OS X foi disponibilizado mais tarde.
Em 22 de janeiro de 2008 o World Community Grid anunciou que possuía aproximadamente 355.000 associados com quase 880.000 computadores participantes. Totalizando mais de 137.000 anos de processamento.
Projetos que foram concluídos
Varíola
O primeiro projeto lançado foi patrocinado pela IBM em conjunto com diversos outros participantes. Ele ajudou a analisar o potencial de candidatos à drogas para terapia do vírus da varíola. 35 milhões de moléculas com potencial de ação foram processadas, resultando em 44 tratamentos potenciais.
Human Proteome Folding Project
O primeiro projeto de maior efeito lançado foi o Human Proteome Folding Project, ou HPF1, que visava predizer a estrutura de proteínas humanas. Desenvolvido por Richard Bonneau no Institute for Systems Biology, o projeto utilizou o World Community Grid para produzir estruturas utilizando o software Rosetta. A partir deste resultados, os pesquisadores esperam ajudar no entendimento das proteínas humanas e seu funcionamento no organismo (o que é de vital importância para a cura de inúmeras doenças). O trabalho neste projeto foi oficialmente concluído em 18 de Julho de 2006.
Genome Comparison
Projeto da Fiocruz do Rio de Janeiro lançado em 21 de novembro de 2006. Este projeto brasileiro visa comparar sequências de DNA e buscar por semelhanças entre elas. Os cientistas esperam descobrir com isso genes com uma mesma função e utilizá-los no tratamento de numerosas doenças.
Projeto Ativos
FightAIDS@Home

Estrutura da HIV-protease, foco principal do projeto FightAIDS@Home
Outro projeto, o FightAIDS@Home, foi lançado em 15 de novembro de 2005 no World Community Grid. Desde maio de 2003, este projeto existe, mas utilizava uma outra plataforma, a Entropia. Neste projeto, cada computador proocessa uma potencial molécula e testa como ela se comporta em relação à moléculas do vírus HIV. Este projeto foi o primeiro a participar do World Community Grid para pesquisar sobre uma única doença.
Human Proteome Folding Phase 2
O terceiro projeto, Human Proteome Folding Phase 2 (HPF2), foi lançado em 23 de junho de 2006. Este projeto é sucessor do HPF1, com foco em proteínas humanas secretadas, em especial biomarcadores e proteínas da superfície de células como o Plasmodium, que causa a malária.
Diferentemente da primeira fase, o HPF2 utiliza modelos de maior resolução, que são mais completos mas exigem maior poder de processamento.
Help Defeat Cancer
Este projeto foi lançado em 20 de julho de 2006. Ele busca melhorar o tratamento de tumores (câncer) como o de mama, cérebro e de pele.
É um projeto que tem como objetivo desenvolver modelos climáticos mais precisos de regiões da África, principalmente de áreas desérticas.

Nenhum comentário: