terça-feira, 4 de novembro de 2008

Você é o que você come.


Será que esta afirmação esta correta, eu sou o que eu como. Vendo pelo lado bioquímico parece que sim, meus alimentos vão alimentar as células e passam a nutrir e participar da repartição celular. De uma forma mais genérica o que eu como hoje vai fazer parte de mim amanha.

Então isso me assusta muito.
Vocês já pararam pra pensar no que nós comemos?

Eu até que achava que levava uma vida saudável. Até descobrir que isso era o que eu achava. Sempre preferi uma fruta ou uma salada aos lanches prontos e rápidos. Me achava bem protegida e saudável.

Até que tive contato com uma divulgação de resultados da Anvisa, que acompanha os resíduos de agrotóxicos nos alimentos. Não digo na casca e sim na composição dos alimentos, dentro dos alimentos.

O tomate, o morango e a alface foram os alimentos que apresentaram os maiores números de amostras irregulares referentes aos resíduos de agrotóxicos. Os dois problemas detectados na análise das amostras foram teores de resíduos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para essas culturas

No balanço geral, dos nove produtos avaliados (alface, batata, morango, tomate, maçã, banana, mamão, cenoura e laranja), o índice de amostras insatisfatórias ficou em 17,28%. O caso que mais chamou a atenção foi o do tomate. Das 123 amostras analisadas, 55 apresentaram resultados insatisfatórios, o equivalente a 44,72%. Nesta cultura, os técnicos encontraram a substância monocrotofós, ingrediente ativo que teve o uso proibido em razão de sua alta toxicidade

O metamidofós também foi encontrado no morango e na alface, culturas para as quais não é permitido o uso deste agrotóxico.

Segundo a Anvisa, lavar em água corrente não retira completamente os agrotóxicos dos alimentos pois os agrotóxicos sistêmicos e uma parte dos de contato, por terem sido absorvidos por tecidos internos da planta, caso ainda não tenham sido degradados pelo próprio metabolismo do vegetal, permanecerão nos alimentos mesmo que esses sejam lavados.

De acordo com os conhecimentos científicos atuais, se ingerirmos quantidades dentro dos valores diários aceitáveis (IDA) não sofremos consideráveis dano à saúde. Mas já temos estudos que indicam que, se ultrapassarmos essas quantidades, as conseqüências poderão variar desde sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central ou câncer.

Em geral, esses sintomas são pouco específicos, não sendo possível determinar a causa baseado apenas na presença ou não de agrotóxicos nos alimentos.


Afinal de contas a possibilidade de desenvolver um câncer varia de acordo com diversos fatores, tais como o tipo de agrotóxico que ingerimos, o nível de exposição a estas e outras substâncias químicas, a idade, o peso corpóreo, tabagismo...

Não sei quanto a você mas eu não quero me expor a mais agrotóxicos. Não quero me alimentar com aqueles que sei onde estão. Então os orgânicos são nossa esperança, ou ainda, plantar em casa.

A única certeza que eu tenho é que se eu ou o que eu como sou já devo ter uma infinidade de agrotóxicos fazendo parte de mim. A longo prazo o que vai ser de nossos corpos.

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